Sempre tive bastante curiosidade em conhecer a Bielorrússia, várias coisas me chamavam a atenção, as informações de um modo geral sobre o país nunca foram muito abertas, pelo que eu lia, a questão do comunismo era algo ainda presente por lá, o fato do mesmo presidente estar no poder pelos últimos 23 anos pra mim era algo surreal também, enfim, uma série de teorias que eu gostaria muito de ver de perto.
Durante minha travessia de trem pela Rússia, através do Transiberiano, decidi que incluiria a Bielorrússia em minha rota, mas naquela época, ainda era necessário para nós brasileiros aplicar para visto. Além do valor para o meu orçamento ser alto, todo o processo burocrático para a retirada do mesmo era algo que eu não estava nem um pouco afim de fazer.
Náquela época, era abril de 2016, e decidi que não visitaria então o país, e continuei minha viagem em direção ao Iraque, por alguns motivos, decidi voltar então para a Rússia já no meio do segundo semestre, e foi quando eu vi que em Novembro, o visto para brasileiros seria permanentemente abolido, poderíamos então ficar 90 dias no país como turistas, sem ter que passar por nenhum processo, ou pagar qualquer quantia, FREE VISA, foi quando caiu como uma luva.

Estiquei minha temporada pela terceira vez na Rússia, de lá fui para a Ucrânia, onde atravessei o país de forma lenta cortando de leste a oeste, entrei na Polônia, fiquei uns dias na cidade de Lublin, e no dia 25 de Novembro, foi confirmado que nós brasileiros não precisaríamos mais de visto, aproveitei no fim de semana na cidade que eu estava e no dia 27 peguei um ônibus de Lublin para a cidade de Brest, já na Bielorrússia, cidade que escolhi para ser minha primeira parada.

A travessia na fronteira foi super tranquila, eu era o único turista no ônibus, o oficial entrou, pegou meu passaporte, em 10 minutos voltou com o mesmo já carimbado. Zero stress.
Cheguei em Brest umas 11 horas da noite, fui para o apartamento de uma couchsurfer que me receberia por lá, como no outro dia ela iria trabalhar, e não poderia me acompanhar pela cidade, me deu todas as coordenadas do que eu poderia ver, me informou todos os ônibus que eu pegaria, restaurantes para comer, bar pra tomar uma cervejinha e ficou de me encontrar no dia seguinte durante a noite.
Acordei cedo, sai de seu apartamento andando, logo de frente tinha uma bela igreja ortodoxa russa com a cúpula azul, fui até lá para tirar umas fotos, andei uns 500 m dali e peguei um ônibus para o centro, seriam 15 minutos até chegar no local que eu desceria, a passagem custou algo em torno de R$ 0,80 centavos.

Desci no centro, ao lado da rua principal e iniciei uma caminhada até a Fortaleza de Brest, que hoje funciona como um memorial de Guerra. Foi um local super importante para a União Soviética, pois logisticamente segurou os nazistas por um bom tempo, dando trabalho para eles que estavam saindo da Polônia indo a caminho de Moscow. Um local com muita história e tristeza para aqueles que sobreviveram as barbaridades que aconteceram por lá.

O local é gigante, com esculturas grandiosas, tanques de guerra, armas militares, um rio corta o parque, que é bem bonito e super bem cuidado. Durante o período de resistência, os nazistas cortaram o sistema de água que abastecia o forte, portanto muitos soldados morreram de sede, muitos outros morreram tentando pegar água no rio que passava ao lado, portanto uma das esculturas, é exatamente um soldado rastejando até o rio, com seu capacete na mão. Após a guerra, centenas de corpos e capacetes foram encontrados nas margens do rio.

Fiquei uns dias por Brest e minha próxima parada seria a cidade de Baranovichi, eu não pesquisei nada para ver por lá, mas achei uma pessoa que me receberia em seu apartamento, então inclui em minha rota, sai então de Brest e em poucas horas cheguei no meu próximo destino.
A cidade tem algo tem torno de 150 mil habitantes, super conservadora em relação as construções soviéticas, na parte central, nada se vê de construções modernas, é bem interessante ver como são essas pequenas cidades. Estava bem frio, muita neve, mesmo assim dava pra ver que era uma cidade super bem conservada, com pessoas bem simpáticas e receptivas, quase todos os bares, cafés e restaurantes que fui, encontrei pessoas para falar inglês, o que ajuda bastante a conhecer mais da cultura e das pessoas.

Estando em Baranovichi, vi que o castelo de Nesvizh, ficava próximo, me informei como chegaria por lá, e em um dos dias da minha estadia, tirei um dia para essa visita. O castelo hoje faz parte do Patrimonio mundial da Unesco, e historicamente traz varios fatos interessantes, foi contruido sobre um castelo medieval por reis da Lithuania, entre vai e vem de pessoas que assumiram o poder da propriedade, fizeram um gigantesco jardim inglês ao redor do castelo, e é considerado um dos maiores da Europa no seu estilo, com quase 1 km quadrado. Já durante a segunda guerra mundial foi usado como sanatório. Hoje em dia é um local maravilhoso a ser visitado, com lagos, jardins e areas bastante arborizadas ao redor.

Voltei para Baranovichi, fui para bares, restaurantes, cafés, conheci mais pessoas do Couchsurfing, foram dias bem legais por lá, com pessoas maravilhosas que passaram pelo meu caminho.
Bem, não quero esticar muito a matéria, portanto falarei de Minsk e dos demais lugares que visitei na Bielorrússia num próximo post. Fiquem ligados no que vem por ai!
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